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Alguns encontram na escrita sua forma de ser no mundo, de tagarelar histórias, falar de amor, do medo, da vontade.

 

Pra mim, escrever é expandir, vazão, arrebatamento. Sentimento é verbo, é poesia, música que toca na vitrola, mãos que escrevem saudade, cartas que saem de dentro do peito pra dizer “eu existo”.

 

Durante muito tempo gritaram aqui dentro devaneios que eram só meus. Queriam se jogar nas trincheiras, virar quentinho no coração de alguém, ser abraço, mas, mulher, eu não acreditava. Ser mulher é isso né?! A gente faz, realiza, acrescenta e, no fim, sente que foi pouco.

 

É sempre pouco!

 

Alimentei a coragem, peguei as rédeas do meu querer e sem cobranças ou expectativas me aventurei no que, pra mim, é terapia impressa, registrada, aceitei que a transitoriedade também está no papel, que hoje quer e amanhã não acorda tão disposto.

 

Essa é minha prosa, sem cobranças ou imposições. Essa é a Fernanda escritora, que não publicou um livro, mas que usa as esquinas virtuais e, agora, essa página, para atravessar pessoas que sentem através das minhas palavras, que transbo  rdam nas minhas vivências, nos meus amores e conselhos – que não têm pretensão de convencer, só de ser reflexo pro outro se ver.

 

Quero, com minhas letrinhas eletrônicas, ser porto, um pouco cais, às vezes mar revolto, mas sempre um pedacinho do céu pra quem precisa ouvir.

 

Ouve! Sente! Escreve!

 

Olha pro lado e percebe que esse mundo é compartilhamento. Escrever é repartir o que brota de mim com você.

 

Assim é a minha crônica, falo do que vivi, conto histórias que ouvi, sobre mim e sobre você. Quem sabe?

 

Tô aqui, fazendo o que eu gosto, do meu jeito, deixando fluir e nascer cada pensamento que antes era só meu, transformando minhas ideias em café coado pra te servir. Com açúcar, sem açúcar, você escolhe. Senta na mesa comigo, me lê, deixa eu falar de você nessa prosa que é minha e sua.