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“Realizada durante a FLIP 2024, a Oficina Escritas miúdas da alma encantadora de Paraty” celebrou a obra de João do Rio e convidou os participantes a mergulhar na criação literária inspirados pelas ruas e vivências da cidade.
Dayane Teixeira, Leila Fernanda Arruda e Viviane Lucas poetizam sobre a beleza de encontrar espaço para nossas vozes e de reverberar as que vieram antes de nós.
O conto de Suelen Viana fala da experiência de se fechar nas páginas abertas de um livro em busca do silêncio que acolhe solidão e inquietude.
Bárbara Anaissi nos leva para um passeio de canoa nas águas do rio Matapi para silenciar a cidade e dar voz aos povos da floresta. Vem conhecer Marisa, Catarino, Chiquinho, boto, cavalo marinho, pretos e pretas velhas, caboclos e encantados.
Memórias de uma solidão imposta, da alegria interrompida e do adeus antecipado se misturam a um suave perfume de rosas no conto emocionante de Fernanda Baroni, ilustrado por Luana Baroni de Barros.
Numa poesia intimista e uma ilustração deslumbrante, Fer Rodrigues nos lembra que às vezes é preciso renascer para descobrir que somos o nosso destino.
Quantas mulheres cabem nessa poesia de Girlene Bulhões? Com palavras precisas e cortantes, a poetisa nos apresenta a força do feminino, mesmo quando sentenciado ao silêncio.
Em sua poesia de cordel, com ilustrações de Elê Nogueira, Erica Montenegro de Mélo apresenta toda a energia das crianças e a potência do brincar.
Cacá Silveira, Diogo Tadeu, Laura Vasques, Fabrício Gomes, Maíra Ramos, Paula Campos, Polianna Freire e Raquel Castro nos provam o poder de escrever pouco e falar tudo. Já ouviu falar em microliteratura? Nossos convidados esbanjam talento em prosa e verso.
Ana nunca esqueceu da maestria com que os dedos de Tia Luzia manuseavam o retalho e faziam obra de arte na chita. Aquele pezinho veloz sobre o pedal da máquina ia dando forma ao tecido que depois era preenchido com algodão recém-colhido do roçado.
Quando abriram a porta, veio Farofa correndo, como sempre, receber a família, o rabo enorme indo de um lado a outro. Pulou em Juliana, puxou a camiseta de Lara, se entrelaçou nas pernas da Mãe, trouxe uma bolinha e deixou aos pés do Pai. E então voltou para a porta de entrada e esperou. Olhou para cada um deles, arranhou a porta e se manteve lá, sentada. O rabo balançando cada vez mais devagar, até parar.
Das estórias contadas à mesa do café, o episódio da roca era o que mais me cativava. Logo eu, que vivamente me entretinha pelo feitiço das broas e dos pães de queijo; eu, – que ainda agora me distraio em qualquer discurso mais longo que um Tiktok –, era então arrebatada por aquele instante de história.
Vinham da cozinha as evidências de lar: cheiros de sopa fumegante, de café passado na hora, de pipoca saltando sob a tampa, de cachorro-quente, de macarrão à bolonhesa. A série pausada na TV esperava o momento seguinte.
O terceiro gole de gim morno desce suave, as notas cítricas e picantes remetem a tempos felizes. Fecho os olhos para sentir melhor os sabores da lembrança. Quando vou servir o segundo copo, avisto o Jorge, do outro lado da piscina, gargalhando. Seu braço musculoso e peludo enlaça a delgada cintura da minha colega de trabalho.
Banner, mesa, garrafa de água, seus livros empilhados. / Uma fila de fãs que ultrapassa a porta da livraria. /Você está sentado. / Um jovem casal caminha em sua direção. / Estendem o livro. / Seu livro.
Uma oportunidade de conhecer e se encantar com o mundo de histórias de escritoras talentosas! Nesta primeira edição, a proposta lançada às colunistas e convidadas foi falar do feminino e de suas singularidades de forma minimalista. Os minicontos e poesias compartilhados aqui são verdadeiros exercícios de expandir o significado em poucas palavras. Tarefa difícil e cheia de camadas.